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Assunto 24: Sermões para Aqueles que são Nossos Colaboradores

[24-50] Por que Deus amou Jacó (Gênesis 25:19-34)

(Gênesis 25:19-34)
“E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque; e era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de Labão, arameu, por sua mulher. E Isaque orou instantemente ao SENHOR por sua mulher, porquanto era estéril; e o SENHOR ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu. E os filhos lutavam dentro dela; então, disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao SENHOR. E o SENHOR lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor. E, cumprindo-se os seus dias para dar à luz, eis gêmeos no seu ventre. E saiu o primeiro, ruivo e todo como uma veste cabeluda; por isso, chamaram o seu nome Esaú. E, depois, saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso, se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou. E cresceram os meninos. E Esaú foi varão perito na caça, varão do campo; mas Jacó era varão simples, habitando em tendas. E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó. E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo e estava ele cansado. E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso, se chamou o seu nome Edom. Então, disse Jacó: Vende-me, hoje, a tua primogenitura. E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura? Então, disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. E Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim, desprezou Esaú a sua primogeniture.”
 
 
Dois destinos foram traçados no ventre
 
Vemos no texto bíblico que lemos acima que Rebeca, mulher de Isaque, gerou gêmeos em seu ventre. A Bíblia diz:
“Duas nações há no teu ventre,
E dois povos se dividirão das tuas entranhas:
Um povo será mais forte do que o outro povo,
E o maior servirá ao menor”.
Como você sabe, a doutrina da eleição, que gerou os mais acirrados e longos debates da igreja cristã, foi criada com base no texto acima. Deus foi bem claro ao dizer que “o maior servirá ao menor”. “O maior” aqui se refere a Esaú, o primogênito de Isaque; “o menor” se refere ao seu segundo filho, Jacó. O primeiro que nasceu dos gêmeos era ruivo e cabeludo, então foi chamado Esaú, que significa “cabeludo”. O segundo nasceu agarrado ao calcanhar do seu irmão, e por isso foi chamado Jacó, que significa “suplantador, enganador”.
O tema central aqui gira em torno disso. Quando levamos este relato ao pé da letra, parece que Deus predestinou que o maior serviria ao menor desde que estavam no ventre da mãe deles. E é sobre isso que devemos meditar no texto bíblico deste capítulo para o interpretarmos de modo correto. Por que o mais velho foi destinado a servir ao mais novo ainda no ventre de sua mãe? Por que o mais novo dominaria sobre o mais velho? Porque essa foi a soberana vontade de Deus, uma situação bem atípica na qual temos que meditar bastante.
Isaque, filho de Abraão, cresceu e se casou. Mas como sua esposa não podia gerar filhos, ele orou a Deus fervorosamente: “Deus, realize meu desejo. Permita que eu tenha filhos.” Deus então ouviu sua oração e lhe deu gêmeos. No entanto, desde o ventre os dois já brigavam. Eles brigavam tanto que sua mãe tinha que acalmá-los toda hora.
 
 
Jacó e Esaú, pais de duas nações
 
Rebeca ficou preocupada porque seus filhos antes de nascer já brigavam e perguntou a Deus: “Por que os gêmeos estão brigando tanto no meu ventre? O que está acontecendo?” No que Deus lhe respondeu e disse: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor”. Chegou então a hora do parto e o primogênito foi Esaú, seguido por Jacó. Como eu disse antes, o primogênito era muito saudável e cabeludo, e por isso foi chamado Esaú. O segundo nasceu agarrado ao calcanhar do seu irmão, e por isso foi chamado Jacó. Está escrito que Jacó era pequeno e fraco, ao contrário de Esaú. E cada um recebeu um nome segundo a maneira como nasceram.
E como foi que eles cresceram? Está escrito: “E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou. E cresceram os meninos. E Esaú foi varão perito na caça, varão do campo; mas Jacó era varão simples, habitando em tendas. E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó”. O destino de Jacó e Esaú foi traçado quando ainda estavam no ventre de sua mãe. O pai amou seu primogênito, Esaú; e a mãe amou o caçula, Jacó. Um era forte e cabeludo, enquanto o outro era simples e mais fraco. Mas a Bíblia diz que desde o ventre Deus amou Jacó e rejeitou Esaú. E assim seu futuro foi predestinado. Esaú e Jacó eram muito diferentes. Esaú se tornou um caçador habilidoso, um homem do campo. Mas Jacó ajudava sua mãe a fazer o trabalho de casa, ficava conversando com ela na cozinha, etc. E não há dúvida alguma de que Rebeca amava mais Jacó do que Esaú. Jacó era mais reservado e costumava ficar em casa. Mas Esaú era musculoso e gostava de caçar búfalos e cervos; o que deixava seu pai orgulhoso. Assim, Isaque amou mais a Esaú, mas Rebeca não o amava tanto como seu marido.
Um dia Esaú saiu para caçar e Jacó preparou um guisado de lentilhas. Ao chegar em casa, Esaú viu que Jacó estava preparando lentilhas. E elas deviam ter um cheiro tão bom que chamou a atenção de Esaú. Faminto, ele pediu a Jacó um pouco do guisado de lentilhas. Mas Jacó lhe disse: “Eu lhe darei um pouco se você me vender seu direito da progenitura.” Àquela altura Esaú não deu não muita importância ao seu direito da progenitura. Então ele disse: “Não adianta nada você ter o direito da progenitura, pois sou mais forte que você. Eu a darei a você então se você me der um prato de lentilhas.”
O que o direito da progenitura significava naquela época? Significava herdar toda a herança que pertencia ao seu pai. Há muito tempo na Coreia, o primogênito também recebia a maior parte da herança. No entanto, foi isso que Esaú pensou: “O direito da progenitura não me importa tanto, pois sou mais forte do que Jacó. Eu não preciso confiar em Jacó, muito menos preciso da ajuda do meu pai. Eu posso ter tudo que eu quiser.” A Bíblia diz que, ao longo de toda a sua vida, Esaú confiou apenas na força do seu braço.
Deus disse quando Esaú e Jacó ainda estavam no ventre de sua mãe: “E o maior servirá ao menor”. E como foi o Deus Todo-Poderoso que assim falou, então com certeza iria se cumprir. Segundo a Palavra de Deus, Esaú se tornou um homem carnal. Por outro lado, o Antigo Testamento nos mostra de forma indireta que Jacó, a quem Deus amou, se tornou um homem espiritual. Em outras palavras, Jacó era um homem manso e habitava em tendas.
Como Jacó, os que vivem pela fé e fazem parte da Igreja de Deus também não têm muita força física ou poder humano. No entanto, aqueles que ouvem a Palavra de Deus em sua igreja e a obedecem com certeza receberão suas bênçãos. Mas os que confiam em suas próprias forças dizem: “Eu não posso ir para igreja agora; então vou esperar mais um pouco. Primeiro eu vou ganhar dinheiro, depois vou para a igreja.” Pessoas assim acabam vendendo sua salvação, como Esaú. Como ele, para ser sincero, muitos vendem sua salvação por bens materiais. Eles acabam caindo em tentação quando alguém lhes oferece um cargo na igreja assim: “Eu vou lhe dar um cargo importante se você vier para minha igreja.” Tome muito cuidado com isso: vender a salvação por bens materiais deste mundo é o mesmo que vender o direito da progenitura por um prato de lentilhas.
Esaú, que vemos no texto bíblico deste capítulo, era um homem carnal. Seu irmão Jacó, por outro lado, era um homem espiritual. Dos dois, Rebeca amava mais Jacó. E Rebeca aqui representa a igreja. Isso porque a mulher casada na Bíblia é sempre símbolo da igreja. E o que esse texto quer dizer? Que o fato de Rebeca ter amado Jacó significa que Deus e sua igreja amam os irmãos que são como Jacó. E isso é verdade mesmo. Deus está nos mostrando aqui quem são aqueles que ele ama como Jacó.
As personagens principais do texto bíblico deste capítulo são Rebeca e Jacó. Quando vemos um filme, um grande elenco participa dele, mas os personagens principais geralmente são um homem e uma mulher. Do mesmo modo, as personagens principais do texto bíblico deste capítulo são Rebeca e Jacó. E para ser sincero, Jacó sozinho não teria feito muita coisa. Foi sua mãe que pensou em tudo e ele apenas seguiu suas instruções.
 
 

A derradeira eleição de Deus

 
Deus nos disse sobre Esaú e Jacó, quando ambos ainda estavam no ventre de sua mãe: “Um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor”. Este texto pode ser interpretado da seguinte forma: Deus já tinha determinado o destino de Esaú e Jacó antes de eles nascerem. Isso geralmente é chamado na cristandade de “eleição de Deus” ou “doutrina da eleição”. Os que propagam esta doutrina distorcida afirmam que Deus predestinou ou elegeu alguns para a salvação e outros para a condenação. E esta má interpretação vem de um entendimento completamente errado da Palavra de Deus. Temos plena certeza de que quando Deus diz: “Um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor”, ele não está ensinando a doutrina da eleição. Mas o que este texto quer dizer então? A partir de agora eu vou explicar seu verdadeiro significado para vocês.
Primeiro vamos ler o texto bíblico que está em Romanos 9:1-3.
“Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne”. Este texto releva o grande fardo que havia no coração do apóstolo Paulo quando pregava o evangelho. Isso aconteceu depois que ele recebeu a remissão de pecados. E seu desejo mais sincero era que seus irmãos judeus, sua família e sua nação a recebesse também.
Veja a continuação do texto: “Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém! Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência” (Romanos 9:4-8).
Como você já deve saber, Abraão tinha dois filhos, Isaque e Ismael. Isaque nasceu por causa da Palavra que Deus deu a sua esposa Sara, legítima esposa de Abraão, enquanto que Ismael nasceu de sua serva chamada Hagar. Por isso que Deus disse que “em Isaque será chamada tua a semente” (Gênesis 21:12), afirmando assim que só os descendentes de Isaque seriam seus filhos. Nem todos os filhos são legítimos só porque nascem do mesmo pai. Do mesmo modo, se alguém não faz parte da promessa de Deus, ele não é seu filho. Deus fez uma promessa bem clara no livro de Gênesis, dizendo: “Não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência”.
E Deus continua dizendo: “Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú” (Romanos 9:9-13).
Vemos aqui novamente o texto que diz que “o maior servirá ao menor”. Por que Deus disse que o maior serviria ao menor e este também seria mais forte que o maior quando Esaú e Jacó nem ainda haviam nascido? Por que Deus escolheu Jacó e rejeitou Esaú? A chave para a resposta desta pergunta está na Palavra de Deus, que diz: “Não por causa das obras, mas por aquele que chama”.
E qual é a vontade de Deus revelada neste texto bíblico? “Dois filhos nasceriam e deles seriam formadas duas nações. Só que o maior serviria o menor”. Esta foi a vontade de Deus para Esaú e Jacó. Deste modo, a vontade de Deus foi predestinada desde que eles ainda estavam no ventre de sua mãe e foi cumprida pela Palavra e as bênçãos de Deus, não pela mente ou força humanas. A força humana não pode determinar as bênçãos ou maldições de Deus, pois vêm sobre nós segundo a vontade de Deus. E para nos revelar sua vontade, Deus determinou o destino de Esaú e Jacó quando ainda estavam no ventre de sua mãe.
 
 

Deus amou Jacó e aborreceu Esaú

 
Deus disse: “Amei Jacó e aborreci Esaú”. Este versículo diz que Deus amou Jacó e aborreceu Esaú. Esta foi sua vontade soberana. Mas por que ele resolveu fazer isso? O que justifica sua atitude? Deus disse: “Que diremos, pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma! Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”. (Romanos 9:14, 15). Desde que estava no ventre de sua mãe, Jacó foi predestinado na Palavra de Deus que seria mais forte do que seu irmão e que ele o serviria. Foi esta a vontade de Deus. Quem então acabou recebendo suas bênçãos? Segundo a vontade de Deus, Jacó recebeu suas bênçãos e Esaú foi amaldiçoado por ele. E o que tudo isso significa? Que nós seres humanos não podemos receber as bênçãos de Deus através dos nossos atos ou obras. Romanos 9:11 diz assim: “Para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama”. As bênçãos de Deus são concedidas como ele antes já determinou.
Por que Esaú deveria servir a Jacó sua vida inteira? Por ter confiado em suas próprias forças, ele não pôde receber as bênçãos de Deus. Assim Deus predeterminou. Deus chama os que são espiritualmente como Jacó. E ele concede seu verdadeiro poder e suas bênçãos àqueles que são fracos mas desejam alcançar sua misericórdia. Por outro lado, Deus traz sua maldição sobre os que confiam em suas próprias forças. “Amei Jacó e aborreci Esaú”. Os que Deus aborrece são amaldiçoados por eles, mas os que ele ama recebem suas bênçãos.
Amados irmãos, quem receberá as bênçãos de Deus? Somente os que são como Jacó. Os que confiam nas suas próprias forças, por outro lado, que são como Esaú, de modo algum serão abençoados por ele. Assim decidiu agir o Deus Todo-Poderoso. Não é verdade então que ele elegeu alguns e rejeitou outros. Ele predestinou que aqueles que confiassem nas suas próprias forças fossem amaldiçoados e os que tivessem fé na sua justiça fossem abençoados.
 
 

As bênçãos e maldições de Deus dependem somente do seu chamado

 
Qual é a fonte das bênçãos e maldições de Deus? As bênçãos e maldições de Deus não dependem da obra do homem, mas do seu chamado. E quem ele escolheu, Esaú ou Jacó? Com certeza não foi Esaú, que confiou nas suas próprias forças e poder. Deus chama e abençoa os que são enganadores e fracos como Jacó – os que não sabem caçar muito bem, mas que obedecem a sua mãe e roubam o direito da progenitura com um prato de lentilhas. A estes é que Deus dá a gordura da terra e a bênção do orvalho do céu. Esta é a vontade de Deus.
Deus disse: “Amei Jacó e aborreci Esaú”. Como a teologia calvinista interpreta este texto? Os calvinistas insistem que Deus predestinou alguns antes de nascer. Mas a verdade é que estão no caminho errado. O que este texto quer dizer é que Deus não chama os que são poderosos na carne, mas os que confiam na sua justiça porque são fracos e não têm força alguma. Ele abençoa os humildes que creem na sua justiça. E sua intenção foi anunciar o evangelho da água e do Espírito a todos neste mundo através de Esaú e Jacó desde que estavam no ventre.
Como podemos ser salvos de todos os nossos pecados? Quem Deus chamou? A Bíblia diz: “Para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama.” (Romanos 9:11) A quem Deus chama? Ele chama os pecadores. Deus não veio a este mundo para chamar os justos ao arrependimento, mas os pecadores. E o que ele quer dar a todos os pecadores que está chamando? Ele quer apagar todos os seus pecados com o evangelho da água e do Espírito e torná-los justos. Estes clamam a ele: “Apesar de não querer pecar, eu não consigo deixar de fazer isso. Eu achava que podia fazer isso pelas minhas próprias forças. Eu posso ir ao monte, orar, jejuar, mas ainda assim não consigo deixar de pecar. Eu sei que há algo errado comigo. Meu verdadeiro eu se revela quando fico irritado.” Deus chama aqueles que têm um coração e uma mente assim.
Por que Deus veio a esta terra? Ele disse: “Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento”. Sim, o desejo de Deus é chamar os pecadores e abençoá-los como fez com Jacó. Foi assim que ele predestinou suas bênçãos e maldições. Deus determinou isso em seu chamado misericordioso. Ninguém pode se tornar filho de Deus pelas obras, mas somente quando são chamados por ele. Ser abençoado ou amaldiçoado por Deus depende exclusivamente do seu chamado na vida da pessoa. E, na verdade, ele chama os que são cheios de falhas, que confiam totalmente nele, que buscam sua ajuda e reconhecem que são física e espiritualmente um “poço de pecados”. E ele concede o evangelho da água e do Espírito aos que são pobres de espírito, a fim de que sejam purificados dos seus pecados e se tornem seus filhos. Deus chama os fracos deste mundo e derrama sobre eles as bênçãos celestiais e lhes dá a gordura da terra.
Esta passagem das Escrituras também revela que Deus não abençoa os que confiam no poder do seu braço. Deus nos diz de modo bem claro aqui que estes irão direto para o inferno. Ele amaldiçoa os orgulhosos que confiam em suas próprias forças e justiça – inclusive os que se gloriam nas suas riquezas materiais e não buscam sua glória, que se acham muito importantes e desprezam a grandeza de Deus.
Mas como Deus trata aqueles que reconhecem pela sua Palavra o quanto são fracos e não podem viver sem suas bênçãos? Ele derrama suas bênçãos sobre os que reconhecem que não são nada perante ele, como fez Jacó. Como vemos nitidamente aqui, tudo está ligado às bênçãos advindas da justiça de Deus. O que determina as bênçãos e maldições na vida de alguém é se ele se submete ou não à justiça de Deus.
Romanos 9:11 diz assim: “Para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama”. Só pode estar na presença de Deus quem reconhece que é pecador e, por isso, está condenado ao inferno. Mas quem Deus chama realmente? Vamos ler Mateus 9:13 agora: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”.
 
 
Quem a Bíblia considera pecador então?
 
Vamos ler Marcos 7:21-23 agora: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem”. De todas as pessoas deste mundo, quem Deus chama? O Senhor disse que não veio chamar os justos ao arrependimento, mas os pecadores. Também disse que não deseja ofertas de sacrifício ou que o sirvam com forças humanas. Ele não tem prazer naqueles que procuram agradá-lo com esforço humano e boas obras. Seu desejo, ao contrário, é encontrar quem queria receber sua misericórdia. É sobre estes que ele deseja derramar suas bênçãos. No entanto, os que são orgulhosos aos seus olhos serão rejeitados e amaldiçoados por ele.
Quem Deus chama? Ele disse que veio chamar os pecadores. Quem é pecador então? Os que nasceram como descendentes de Adão e dele herdarão todos os seus pecados. Você sabe muito bem que do interior do homem saem os maus pensamentos. Mas você sabe como um pecado assim pode se tornar algo muito grande? Nós temos a tendência de pensar como podemos enganar e roubar os outros para sermos ricos materialmente. E só o fato de termos um pensamento mau como este já nos torna pecadores perante Deus.
Deus disse que quem tem intenções más também é pecador. As pessoas geralmente consideram pecado algo que fazem de errado, mas para Deus um simples pensamento mau já é pecado. E baseado no simples fato de que todos nós temos pensamentos maus, isso faz de nós pecadores. Portanto, a intenção de Deus então é chamar os que reconhecem que os maus pensamentos são pecados graves e purificar seu coração.
O quanto alguém pode ser influenciado pelos seus pensamentos? Se alguém tem pensamentos errados, assim serão suas ações também. Por isso que o ser humano é cheio de maus pensamentos. “Como posso ganhar mais dinheiro?” “Como posso ter o mesmo que os outros sem ter que me esforçar muito?” Tudo isso são pensamentos malignos. E para Deus, alguém que pensa assim é pecador. Por isso que o Senhor disse: “Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”. Ele veio chamar os que têm maus pensamentos para torná-los justos.
Você tem pensamentos maus todos os dias? Eu mesmo tenho certeza que recebi a remissão de pecados, mas tenho pensamentos pecaminosos frequentemente. O tempo é curto e precisamos nos esforçar para ter bons pensamentos. No entanto, pensamentos maus e inúteis sempre vêm à minha mente. Eu sei que eles são maus e procuro não pensar neles, só que não posso controlar minha mente. Isso, na verdade, faz parte da natureza de todo ser humano. Já que o homem nasceu como uma semente de malignos (Isaías 1:4), todos os seus pensamentos são maus. O fato de todos neste mundo terem nascido como descendentes de Adão é a prova de que a natureza humana é má. Por isso que temos pensamentos maus sempre que pensamos. E como Jesus, que é Deus, conhece o coração do homem, ele deixa bem claro que todo pensamento que vem do nosso coração é mau. Contudo, não precisamos nos desesperar com os maus pensamentos que sempre surgem em nosso coração. E a razão disso é que o Deus de misericórdia salva os que reconhecem perante ele que são pecadores.
Jesus disse que “do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”. Já que o coração do homem é mau por natureza, a pornografia se tornou algo muito popular hoje em dia. Muitos policiais e homens da lei têm sido acusados por homicídio, roubo e estelionato neste mundo. Por isso que precisamos aprender a nos controlar. Deus nos disse que o salário do pecado é a morte, mas seu dom gratuito é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
 
 
Reconheça a natureza pecaminosa do seu coração
 
Jesus nos diz que devemos reconhecer a natureza pecaminosa do nosso coração. No entanto, as pessoas neste mundo não têm consciência disso e desprezam a Deus, pois seu coração é orgulhoso. E há algumas religiões que afirmam que seus seguidores são deuses. Uma delas não diz aos seus seguidores que eles devem ser como Buda? Há uma religião na Coreia chamada “daesunjinrihoe”, que também afirma que seus seguidores são deuses. Amados irmãos, o que podemos aprender com nosso semelhante? Essa gente diz que pode fazer o que quiser, mas isso é loucura. Pense nisso! Como é que um ser humano pode ser um deus? Se eles podem ser deuses, por que morrem então? Eles morrem porque são meras criaturas feitas pelo verdadeiro Deus. O simples fato de o homem, que não passa de mera criatura, pensar que pode ser deus é um pecado contra o verdadeiro Deus e isso leva ao inferno.
Só de ter um mau pensamento já pecamos, e quando o colocamos em prática isso é uma transgressão maior ainda. O que vem primeiro, o pensamento ou a ação? Claro que são os maus pensamentos do coração. E já que há maus pensamentos em nosso coração, eles logo se tornam ações. Os doze tipos de pecado listados por Deus nascem no coração do homem. Por morarmos na cidade, hoje não podemos ver mais algo que acontece no campo quando chove: minhocas vermelhas saindo do solo. E elas fazem isso porque a terra fica encharcada.
O mesmo acontece no coração do homem. O pecado está sempre presente em nosso coração, e no momento oportuno ele vem à tona. Há doze buracos no coração do homem, e assim como as minhocas vivem em buracos no solo, também os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura habitam ali. E quando surge a vontade de fazer uma loucura, isso acaba sendo posto em prática por causa do próprio pecado. Mas quando esta loucura retorna ao buraco que há no coração, a pessoa volta ao normal como se nada demais tivesse acontecido. Sempre que alguém bebe, a loucura do seu coração revela quem ele é, pois ele começa a quebrar tudo e ofender as pessoas. E quando essa loucura volta para o buraco do coração, um engano surge de outro buraco do seu coração. E o que esse engano do coração faz? Começa levando-nos a dizer: “Olá, meu amigo. Quanto tempo! Como vai você? Vamos beber alguma coisa. Eu estou com uma proposta para ganhar muito dinheiro. E como parece ser um negócio seguro, se der certo vou lucrar muito com minha loja. Você pode dar sua casa como garantia e ser meu fiador? O negócio é totalmente seguro. E todo mês dividiremos os lucros.” O engano do coração vem à tona para enganar as pessoas. E no que isso resulta? Já que seu amigo tolo dá sua casa como garantia, o outro pode usar o lucro que conseguir no negócio como bem entender. Muitos usam esta estratégia e acabam na cadeia.
 
 

Em sua justiça, Deus chamou todos que pecam diariamente

 
Certa vez eu fui a uma delegacia de polícia por causa de um irmão da nossa igreja. Amados irmãos, o status social de um pastor é respeitado em nossa sociedade. Muitos ainda têm bastante consideração pelos pastores. Eu disse ao policial: “Eu sou pastor, e como também sou pastor dele, quero ir para a cadeira em seu lugar.” Eles então me disseram que eu deveria fazer uma petição para a soltura do irmão. E quando a consegui, ele foi solto.
Enquanto estava na delegacia, eu vi muitos bandidos que provavelmente devem ter roubado e enganado os outros. E os policiais de plantão estavam ocupados fichando todo mundo. Eles deviam ter roubado o dinheiro que as pessoas juntaram a vida toda. É assim que vemos que há pensamentos enganosos no coração do homem. Não há diferença entre pensar em enganar os outros e fazer isso na prática, pois tudo é pecado. E já que pessoas assim não receberam a remissão de pecados, eles são todos pecadores perante Deus.
Há maldade no coração do homem ou não? Claro que há. E já que há maldade em seu coração, ele pratica a maldade. Mas essas pessoas já receberam a remissão de pecados ou não? Os que receberam a remissão de pecados crendo no evangelho da água e do Espírito não tem pecado, ao contrário das pessoas do mundo que não receberam e serão sempre pecadoras.
Aquele que é chamado por Deus reconhece que há maldade em seu coração e, por isso, não pode deixar de pecar ao longo de toda a sua vida. Deus disse: “Para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama”. Amados irmãos, a quem Deus chama? Ele chama aquele cujo coração é cheio de engano e maldade, que aparenta nunca pecar e, além disso, parece levar uma vida correta? Não. Deus não tem motivo algum para chamar quem parece justo ou demonstra falsa humildade. Esse tipo de gente se coloca numa posição mais alta que Deus por causa da sua moralidade.
Deus chama aqueles que cometem muitos erros e são fracos. Ele chama aqueles que reconhecem que seu coração está cheio de todo tipo de pecado e sabem que pecarão sua vida toda. Ele disse que não veio para chamar os justos ao arrependimento, mas os pecadores. Esta é a questão. Deus só chama aqueles que reconhecem que são pecadores perante ele. E o que ele faz depois de chamá-los? Ele apaga seus pecados e os torna justos para que eles vivam na sua presença como seus filhos. Esta é a vontade de Deus. E antes de nos chamar, Deus havia predestinado enviar suas bênçãos e maldições.
Quem recebe as bênçãos de Deus então? Quem pode se tornar justo e filho de Deus? Quem pode ser abençoado com a gordura desta terra e receber sua misericórdia? Aquele que reconhece que é um pecador fraco e cheio de falhas. Estes são chamados por Deus e recebem todas as suas bênçãos. Todos os seus pecados também são purificados e eles se tornam filhos de Deus, que recebem suas bênçãos. Somente quem reconhece que é um grande pecador é que pode receber a bênção da vida eterna, ou seja, toda a herança que Deus tem preparado para nós e a bênção de viver ao lado do Pai por toda a eternidade.
 
 
Por mais que alguém tente, é impossível evitar o pecado
 
Como vimos no texto bíblico deste capítulo, o que aconteceu com Esaú? Esaú foi alguém que não pôde receber as bênçãos de Deus. Isso jamais aconteceu em sua vida.
Amados irmãos, quem neste mundo pode se tornar justo? Aqueles que são fracos e indefesos. Aquele que são incapazes e cheios de falhas – estes podem se tornar justos pela graça de Deus. No entanto, aqueles que são ‘gente boa’ e fazem de tudo para evitar o pecado não podem se tornar justos, pois não reconhecem que são pecadores. Os monges são muito disciplinados e não olham quando passa uma mulher. Contudo, alguém como eu, que reconhece sua natureza pecaminosa, não consegue deixar de olhar, por mais que tente.
Muito tempo atrás, quando eu era seminarista, um professor do seminário me disse que eu deveria gritar: Senhor, Senhor, Senhor três vezes e só olhasse para frente quando passasse por um cinema. E eu fiz exatamente isso. Toda vez que eu passava por um cinema eu gritava ‘Senhor’ três vezes e seguia em frente. Mas depois de um tempo, eu disse a mim mesmo: “Eu vou olhar para o cartaz e ver o que está passando.” Então eu olhei para o cartaz, vi o que estava escrito e as fotos que havia nele. Entenda bem, eu não estou dizendo que o que fiz está certo. Eu só estou dizendo que uma parte de mim não conseguiu resistir à tentação de olhar para o cartaz. Mas Deus veio em busca de alguém fraco como eu, me salvou e me tornou justo e pleno.
Eu tenho um temperamento muito forte. Quando eu fico com raiva, antes de dizer qualquer coisa, meus punhos já querem resolver a situação. Quantas vezes você acha que alguém como eu fez coisas erradas nesta vida? Mas apesar disso, Deus me salvou.
Preste bem atenção. Não são as pessoas perfeitas que recebem as bênçãos de Deus, mas aqueles cujo coração é impuro e seu comportamento é cheio de falhas perante ele. Somente quem nasceu pecador, como descendente de Adão, é que pode se tornar justo. Deus chama todos estes e os torna justos, faz deles seus filhos e lhes dá a gordura desta terra e a bênção da vida eterna. Esta é a vontade do nosso Deus justo.
Será que somos tão santos a ponto de não termos nenhum pensamento impuro? Não. Alguns dos meus amigos são muito educados e falam muito bem. Mas ainda assim são pecadores. Eles choram quando oram todos os dias. Eu também chorava muito antigamente. Eu chorava quando orava pelo menos uma vez por dia. E costumava orar assim: “Senhor, eu pequei de novo, mas creio que tu morreste na cruz por um pecador miserável como eu.” Só que meus pecados jamais foram purificados.
O que eu fiz depois disso? Já que as orações de arrependimento que eu fazia em lágrimas não tinham muito efeito, eu achei melhor orar e jejuar por três dias. Eu pensei que se fizesse isso meus pecados seriam perdoados. Então eu suportei a forte dor no estômago e clamei a Deus. E minhas orações de arrependimento naturalmente pareciam muito santas. Eu orava assim: “Pai santo, eu peço a ti que perdoe todos os meus pecados.” Eu costumava usar palavras bonitas em minhas orações, mas no fundo sempre dizia a mesma coisa. E como não podia receber a remissão de pecados naquela época e não tinha nada do que me orgulhar, eu costumava usar longas frases com palavras bonitas quando orava.
As pessoas me achavam muito espiritual quando me viam orando. Minhas lágrimas escorriam pelo chão. Quanta energia eu devo ter desperdiçado! Eu ficava arrasado depois que orava e jejuava. Depois de jejuar e orar por três dias, eu decidia que não iria mais pecar. E quando voltava dos retiros espirituais, eu lembrava da decisão que tinha tomado em meu coração e cantava hinos para lembrar que Jesus morreu na cruz por mim. E como meu coração ficava alegre e em paz quando eu voltava para casa!
Mas isso não passava de um sentimento de alívio depois de todo esforço que tinha feito. Enquanto voltava para casa, eu pensava: “Eu já pequei muito, mas Deus cuidará de tudo a partir de agora, ainda mais depois de eu ter orado e clamado tanto.” E assim eu cantava louvores ao Senhor cheio de alegria e confiança. Mas qual foi o resultado disso tudo? O pecado do meu coração não foi purificado. E no outro dia começava tudo de novo. Ao olhar para trás agora, vejo que não tive nem um dia de paz nesses três anos. Cinco dias depois de ter orado e jejuado, eu me sentia um grande pecador novamente. Então eu orava de novo: “Senhor, eu peço a ti que perdoe meus pecados.” E quando eu cometia um pecado maior, eu resolvia orar e jejuar por cinco dias.
Você imagina como é difícil jejuar e orar? Eu não sou muito bom nisso. Às vezes eu ficava tão fraco que não conseguia falar e tinha que escrever o que queria dizer num pedaço de papel. Tudo em que eu podia pensar era em comer alguma coisa. Eu ficava deitado e tudo que vinha à minha mente era todo tipo de comida. Eu ficava olhando para o calendário e para o relógio para ver quanto tempo faltava para aquilo acabar. Quando parecia que ia ficar louco, eu corria para comer uma tigela de arroz. Mas como me sentia ainda muito fraco, eu tomava todo o caldinho do arroz que sobrava na tigela. Estas eram as atitudes hipócritas que eu tinha antigamente.
No entanto, dois dias depois de orar e jejuar por cinco dias, eu pecava novamente. Então eu fazia orações de arrependimento de novo e dizia: “Senhor, eu peço a ti que perdoe meus pecados.” Eu orava cinco dias assim. E levou cinco anos para que minha própria justiça fosse quebrantada. Primeiro se quebrou a concha que a envolvia, e depois o centro de toda a minha justiça própria foi quebrantado.
 
 

Nossa própria justiça tem que ser quebrantada

 
Quando lia o evangelho de Marcos capítulo 7 no passado, eu achava que este texto se referia apenas aos fariseus, e não a mim. Mas depois de dez anos eu vi que ele se referia a mim também. Eu não sabia que era tão vil. Eu olhava para uma mulher e tinha pensamentos impuros, mas logo depois minha mente voltava ao normal. Com o passar do tempo, depois que me tornei um cristão, esses pensamentos maus vinham à minha mente com mais frequência.
Depois de algum tempo, eu vivia apenas de aparência. Eu era uma pessoa educada, gentil e agia como se fosse um homem santo. Antes de subir ao púlpito, eu me ajoelhava com a Bíblia nas mãos e orava. E também procurava ir a todo culto de avivamento em minha cidade. E sempre que ia a estes cultos, meus olhos brilhavam ao ouvir a Palavra de Deus. E sempre que me diziam que eu precisava receber o Espírito Santo, eu desejava isso de todo o coração. Só que meus olhos só brilhavam assim nos cultos de avivamento. Quando acabava, eu voltava a ser fraco como antes. Era como a calmaria que vem depois da tempestade.
Levou dez anos para minha própria justiça ser feita em pedaços. Dez anos depois de confessar Jesus, minha própria justiça foi quebrantada. Antes de aceitar Jesus, eu achava que era uma pessoa boa e justa. Na verdade, eu achava que era muito bom mesmo. Eu ajudava as crianças que se perdiam, ajudava os idosos a voltar para casa, e se encontrasse uma carteira com dinheiro, eu entregava para a polícia. Eu tinha um forte senso de justiça, e se visse alguém sendo espancado na rua, eu corria para ajudar a pessoa.
No entanto, minha justiça própria foi toda quebrantada, e junto com ela minha vontade própria. Eu achava que era um homem justo e correto, bom e digno. Mas percebi como era miserável depois que amadureci. Quanto mais tempo eu era cristão, mais minha natureza vil era exposta. Se Deus tivesse me chamado e julgado segundo as minhas palavras naquela época, eu estaria condenado ao inferno.
Mas Deus não me chamou por causa das minhas obras, e sim porque eu reconheci que era fraco e um ‘um poço de pecados’. Ele chamou pessoas miseráveis como nós, que sofriam por causa da sua natureza pecaminosa. Ele chama os que são humildes, os salva e os torna justos.
Vemos no texto bíblico deste capítulo que os hipócritas que confiam nas suas próprias obras para estar na presença de Deus não podem receber a remissão de pecados. Há muitos como Esaú neste mundo. E esse tipo de gente jamais receberá a remissão de pecados, mas serão amaldiçoados e irão para o inferno. Tenha cuidado. Os que se acham fortes fisicamente e se orgulham das suas boas obras serão expulsos da presença de Deus. Deus foi bem claro ao dizer: “Amei Jacó e aborreci Esaú”. Você crê na Palavra de Deus?
Deus chama os pecadores, não os justos. Os que se comportam bem neste mundo não são justos. Eles são apenas sábios. Há muitos sábios neste mundo. Buda também era um sábio. E que fim levou Buda? Ele foi amaldiçoado e lançado no inferno. Ele disse: “Há muita agonia, sofrimento, preocupação e ansiedade na vida do ser humano. Como podemos escapar disso tudo então?” No entanto, ele não buscou o Salvador que podia livrá-lo de todos os seus fardos, mas usou suas próprias forças para tentar fugir dos problemas. Todos que são assim serão amaldiçoados. Essa gente vai para o inferno. Pessoas boas e educadas que se tornaram presbíteros e pastores por suas atitudes corretas também serão amaldiçoados por Deus. Todos estes com certeza serão amaldiçoados.
Deus já escolheu os que serão abençoados e amaldiçoados por ele. Ele já os escolheu, os elegeu. Deus só derrama suas bênçãos sobre aqueles que reconhecem que são grandes pecadores. Ele divide o homem em dois grupos, e disse que abençoará alguns e amaldiçoará outros. Portanto, todos os hipócritas serão amaldiçoados. Eles podem até tentar levar uma vida correta, mas isso não é algo fácil para eles.
“Por que sou assim? Eu faço tudo errado. Salve-me. Por mim mesmo, eu não consigo fazer nada certo. Eu não sou uma boa pessoa. Eu sou apenas um poço de pecados. Se eu fosse julgado segundo a lei, com certeza iria para o inferno.” Aqueles que reconhecem o que são realmente perante Deus receberão suas bênçãos. A maioria das pessoas reconhece que são pecadoras, mas não aceitam que serão lançados no inferno, conforme diz a Palavra de Deus. E o que a Bíblia diz sobre isso? Que não podemos escapar do inferno se tivermos nem que seja um mínimo pecado, pois o salário do pecado é a morte. Se tivermos pecado no coração, com certeza iremos para o inferno. Já que todos pecaram, merecemos ser lançados no fogo do inferno que nunca se apaga. Os cristãos de hoje confessam que são pecadores, mas é difícil vê-los aceitando que irão para o inferno. Por isso que muitos adoram Jesus mas ainda são pecadores. Eles viverão assim e no fim serão lançados no inferno.
Amados irmãos, nós somos como Jacó. Os justos são como Jacó, e os cristãos pecadores como Esaú. Os que são amaldiçoados têm muito força física e são cheios da sua própria justiça, pois se apoiam em suas boas obras. Mas eles vão para o inferno. Os que vivem na terra como Jacó, por sua vez, irão para o céu. Vejam os justos. Eles são com Jacó. Eles não são fortes ou corajosos, e até parece que vão ser grande coisa nesta terra. Quando os ‘Esaús’ lutam contra os ‘Jacós’ deste mundo, os primeiros sempre ganham. Mas como será no fim disso tudo? O que Deus fará? Esaú era alguém que não reconhecia suas falhas ou fraquezas, enquanto que Jacó as conhecia muito bem. Por isso que Jacó foi abençoado e Esaú, amaldiçoado.
 
 

Caim e Abel

 
A história de Caim e Abel se encontra em Gênesis capítulo 4. Destes dois irmãos, Abel foi abençoado por Deus e Caim, amaldiçoado. Mas se ambos eram filhos de Adão, por que um foi para o céu e o outro, para o inferno? Isso aconteceu porque Caim buscou a Deus com suas próprias forças, mas Deus criou um padrão em que só aceitaria quem reconhecesse suas falhas e fraquezas. E baseado nesse padrão, Ele elegeu Abel, que reconheceu tudo isso perante ele.
Caim era agricultor. Ele cultivava a terra e dela ofereceu o fruto a Deus. Um pastor sem conhecimento algum disse sobre isso: “Deus não aceitou o sacrifício de Caim porque ele ofereceu somente as sobras da sua mesa.” Mas isso é uma grande bobagem. Todos que creem em Deus jamais oferecem a ele as sobras do que comeu. Até os que fazem parte das falsas religiões fazem tudo para agradar seus deuses. Por isso que todos que creem em Deus jamais oferecem sobras a ele. O real motivo de Deus não ter aceitado a oferta de Caim é que ele ofertou do que havia plantado, o fruto da terra. Deus quer ofertas de animais vivos, não o fruto da terra.
Caim era muito forte, como Esaú, o primogênito de Isaque. Mas Abel era tão frágil que seu nome significa ‘sopro’. Com o passar do tempo, Abel foi cuidar de ovelhas nas partes montanhosas. E quando chegou a hora de sacrificar a Deus, ele pegou uma ovelha, a partiu em pedaços e ofereceu a ele. E ao oferecer esse sacrifício, ele confessou: “Deus, receba esta oferta. Eu é que deveria morrer no lugar desta ovelha. Mas ela está sendo sacrificada porque tu me salvaste. Tu salvaste a mim, assim como fizeste à minha mãe e ao meu pai. Eu sou cheio de falhas e fraquezas, e por isso preciso oferecer algo em meu favor. Eu preciso receber a remissão de pecados através deste holocausto.” Quando Deus ouviu isso, ele aceitou a oferta de Abel.
Amados irmãos, vocês devem guardar esta verdade na mente e no coração. Deus chama pessoas cheias de erros, falhas e imperfeições como Abel. E ele foi bem claro ao dizer que tudo aconteceu “para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama.” As bênçãos de Deus são para aqueles que são cheios de falhas e fracos. Caim buscou a Deus achando que era merecedor de alguma coisa e foi amaldiçoado, Abel reconheceu suas falhas e fraquezas e foi abençoado por ele.
Deus pôs uma marca em Caim para que ele não fosse morto por todos que o encontrassem (Gênesis 4:15). E ele disse a Caim: “Eu já apaguei todos os seus pecados. Todo aquele que tentar matá-lo será castigado sete vezes mais. Eu porei em você a marca da salvação para que ninguém venha a matá-lo ou feri-lo.” Mas o que fez Caim? Ele rejeitou a marca do Senhor Deus e se afastou dele. Ele então mereceu ir para o inferno.
 
 
A mulher apanhada em adultério
 
Vemos em João capítulo 8 o relato da mulher apanhada em adultério. E como foi apanhada adulterando, o que deveria acontecer com ela? Se ela fosse tratada exatamente como diz a lei, ela deveria morrer apedrejada. Mas apesar disso, Jesus lhe disse: “Nem eu te condeno”. E havia escribas e fariseus em meio às pessoas de bem e justas que ali estavam. Mas a única que recebeu a bênção de Deus foi a mulher apanhada em adultério. Todos os outros foram amaldiçoados por Deus.
Amados irmãos, o que aprendemos aqui? Que em meio àquela multidão, Deus abençoou apenas a mulher apanhada em adultério. Isso quer dizer então que ele abençoa quem muito peca e amaldiçoa quem não comete pecado? Não. Nenhum ser humano pode evitar o pecado por causa das suas falhas e fraquezas. Todos nós estávamos condenados ao inferno. Todos neste mundo irão para lá se não forem salvos por Deus. Melhor dizendo, todos que estavam reunidos ali eram pecadores. Deus então, para nos ensinar a verdade de que veio não para chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento, abençoou aquela mulher, considerada a maior de todas as pecadoras por seus acusadores.
Os cristãos creem que devem ser justos em qualquer circunstância. Eles costumam dizer: “Já que creio em Deus, eu tenho que levar uma vida dentro da ética e da moralidade.” Mas eles têm que se preocupar com isso depois de receber a remissão de pecados em seu coração, não antes. Já que ainda há pecado em seu coração, eles primeiro precisam responder ao chamado de Deus, que deseja purificar todos os seus pecados. Os que não respondem quando Deus lhes chama, mas acham que vão para o céu por causa das suas boas obras, certamente serão amaldiçoados como Esaú. Esaú representa aqueles que são amaldiçoados por Deus. Temos que compreender o tema central da mensagem de hoje para não seguirmos os passos de Esaú.
 
 
Quanto mais crescemos na igreja cresce, mais nossas obras ficam em evidência
 
Quanto mais um cristão tem um alto cargo na igreja, mais suas obras ficam em evidência. Mas Deus disse que nunca abençoará o homem segundo suas obras. Mas embora Deus tenha dito isto, os falsos profetas enfatizam muito as boas obras. Já que você é diácono ou presbítero, você tem que fazer isso ou aquilo. É isso o que eles ensinam? “Você terá um algo cargo na igreja se você participar das vigílias de oração e consagrações por cem dias. Se for fiel em seus dízimos, você ficará rico. Se for fiel servindo a Deus na igreja, você receberá esta ou aquela bênção.” É assim que eles enfatizam bastante as obras. Os falsos creem nisso, mas o verdadeiro cristão que crê no Deus da verdade não concorda com isso. Há muitos leigos neste mundo que estão levando para o inferno pessoas como Esaú, porém também há pastores que levam a Deus aqueles que são como Jacó, a fim de que eles recebam suas bênçãos. O mesmo acontece entre as pessoas comuns. Muitos que fazem parte do povo de Deus têm uma alta posição na sociedade e sua vida na aparência é irrepreensível. Mas estes reconhecem suas falhas e limitações perante Deus, e por isso reconhecem ao chamado que há em sua Palavra e recebem a bênção da remissão de pecados. Eles respondem ao chamado de Deus e vêm para sua igreja. Eles não dão ouvidos aos pastores que são como Esaú.
Alguns têm até um alto cargo nas igrejas do mundo, mas deixam tudo isso e vêm para cá. Eles tomam esta decisão e dizem: “Como posso ser presbítero se sou cheio de falhas e pecados? A partir de agora eu vou ser um simples membro da igreja.” Alguém assim vê escrito no cartaz do nosso culto de avivamento: “Receba a remissão de pecados”, e diz: “Ah, então a Palavra de Deus diz que seu propósito não se baseia nas boas obras, mas em seu chamado para que ele derrame sobre nós suas bênçãos.” Alguém assim acaba recebendo a remissão de pecados e será sempre grato a Deus. Ele se torna um verdadeiro cristão que honra a justiça de Deus com ação de graças. E embora seja fraco e imperfeito, ele aceita o amor de Deus. Alguém assim que se torna um verdadeiro cristão e servo de Deus, sempre reconhece suas falhas e fraquezas, e, ao mesmo tempo, exalta a justiça de Deus.
Na verdade, a justiça do homem não vale nada. Deus salva aqueles que não podem fazer nada com sua própria justiça. Ele é justo e nós, errados. E ele concede suas bênçãos àqueles que são fracos e imperfeitos em tudo.
Muitos neste mundo são como Esaú; outros são como Jacó. Na verdade, quando analisamos as pessoas da Bíblia, podemos dividi-las em dois grupos. Os que são como Jacó e irão para o céu, e os que são como Esaú e irão para o inferno. Todos que procuram levar uma vida correta e justa nesta terra acabarão indo para o inferno. E os que acham que não podem entrar no céu por causa das suas falhas e fraquezas no fim irão para o céu. Chega a ser até irônico!
Fique bem atento: aqueles que são ricos neste mundo – pessoas de alta posição na sociedade, que têm muito dinheiro, são bonitas fisicamente, que têm muitos filhos, cujo negócio vai bem, fazem muitas boas obras e ajudam as pessoas – têm um lugar reservado no inferno junto com Esaú. Os que estão no céu são aqueles que, embora não saibam falar muito bem, são fracos e humildes, e receberam de Deus a remissão de pecados por reconhecerem sua verdadeira natureza.
Mas o que isso quer dizer? Que Deus não suporta os que são orgulhosos. Deus predestinou para o inferno todos que são arrogantes. Ele tomou esta decisão. E assim ele se revela como o Deus Todo-Poderoso. Deus nos diz: “Não há outro Deus além de mim. Por que vocês são tão soberbos? Tudo que sabem fazer é pecar. Eu purificarei todos os seus pecados e lhes farei mais alvos que a neve. Voltem para mim.” Até agora Deus está chamando os que reconhecem que são grandes pecadores.
Amados irmãos, pensem nisso. Não há muitos hoje em dia que são como Esaú? E já que são fortes como Esaú, eles fazem muito barulho. Como possuem bastante força física, eles vão para a sala de oração para orar mais quando acaba o culto de domingo. Mas será que não estão tramando alguma coisa? Será que eles vão para a sala de oração para orar mesmo? Eles ficam clamando, como que defendendo uma causa política: “Senhor, Senhor!” Eles falam em línguas e fazem barulhos estranhos, parecidos com porcos e ovelhas. Será que falar em línguas é isso? Deus criou o homem para se expressar como ser humano. Você sabe muito bem que quando os discípulos falaram em línguas, as pessoas ao redor os compreendiam (Atos 2:6-11).
Eu não me baseei nos meus pensamentos para pregar este sermão, mas na Palavra de Deus. E o que estou falando a vocês está escrito em Romanos 9:10-13, que diz: “E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú”. Deus foi bem claro ao dizer que amou Jacó e aborreceu Esaú. Em outras palavras, ele ama os que buscam sua misericórdia e oram por sua salvação. Como todos nós devemos ser então? Temos que reconhecer nossas fraquezas, falhas e imperfeições perante Deus e buscar sua misericórdia.
 
 
Somos como Esaú ou Jacó?
 
Com quem parecemos realmente? Somos como Esaú ou Jacó? Somos pequenos ‘Jacós’. E se somos de fato como Jacó, temos que aceitar a Palavra de Deus como foi escrita. Já que Deus disse que apagou todos os nossos pecados, temos que crer nesta Palavra e dizer: “Aleluia! O Senhor me salvou mesmo!”
Mas e as pessoas que são como Esaú? Elas confiam em suas próprias forças e não aceitam a Palavra de Deus. E como não reconhecem perante Deus que são pecadoras, elas não buscam nele a remissão de pecados. Jacó, por sua vez, vivia contando mentiras. Ele era tão astuto que enganou seu irmão e roubou dele o direito da progenitura, instruído pela sua mãe. Em suma, ele era alguém que reconhecia sua pecaminosidade. Quando alguém que cometeu muitos pecados e reconhece isso ouve Deus dizer: “Eu apagarei todos os seus pecados e lhe abençoarei” ele diz de coração: “Obrigado, meu Senhor!”
Jacó fingiu ser seu irmão mais velho perante seu pai Isaque para receber as bênçãos de Deus. Ele vestiu uma pele de carneiro, mudou a voz e disse: “Seu primogênito está aqui.” Mas seu pai disse: “Esta voz parece de Jacó. Chegue mais perto.” E quando Isaque tocou o braço de Jacó, ele pensou que era Esaú por causa dos pelos. Então ele disse: “A voz é de Jacó, mas o braço cabeludo parece de Esaú.” Isaque abençoou Jacó então com toda a sorte de bênçãos. Eu falarei mais sobre isso depois.
É maravilhoso fazer parte do povo que recebeu as bênçãos de Deus, como Jacó. Isso é mesmo fantástico. Se algo tivesse sido um pouco diferente, seríamos como Esaú. E o que aconteceria se fôssemos como Esaú? Seria desastroso. Mas foi Deus quem nos fez como Jacó e nos trouxe até aqui. Hoje somos como Jacó e aceitamos a salvação de Deus como ela é. E eu sou muito grato a ele por isso.
A verdade é que só os justos habitarão no reino dos céus. Já que o Deus de justiça disse que apagou todos os nossos pecados, ele fez isso mesmo. Temos que crer no que Deus diz em sua Palavra e confessar: “Sim, Senhor. Tu estás certo!” Assim seremos muito abençoados por ele. No entanto, os que não creem na Palavra de Deus e dizem: “Não, a Palavra de Deus não é a verdade” com certeza serão amaldiçoados. Este é um princípio muito claro que Deus criou.
A Bíblia diz: “Que diremos, pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma! Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”. (Romanos 9:14, 15). Deus é totalmente justo. E ele decidiu que se formos como Jacó, seremos abençoados. Mas se formos como Esaú, seremos amaldiçoados. Ele disse a Moisés: “Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”. A misericórdia de Deus pelo ser humano aqui demonstra sua compaixão por nós. E ele nos diz: “Se eu não salvar o homem que foi criado conforme a minha imagem, todos vocês irão para o inferno e sofrerão para sempre. Eu não podia deixar isso acontecer, por isso tive misericórdia de vocês. Eu vou salvar todos vocês.” Depois de executar seu plano e criar o homem, Deus teve misericórdia de nós quando viu que estávamos condenados ao inferno devido aos pecados que cometemos como descendentes de Adão. Ele predestinou amar os que fossem como Jacó e aborrecer os que fossem como Esaú. Deus predestinou que quem o buscasse para receber a remissão de pecados baseados no esforço humano seria amaldiçoado. Por outro lado, ele predestinou para a salvação os que buscassem sua ajuda por serem fracos e pecadores, pessoas que não conseguem evitar o pecado até mesmo quando querem fazer o que é certo.
 
 

Quem é abençoado por Deus?

 
Abençoados por Deus são aqueles que são alcançados pela sua misericórdia. Mas sobre quem então vêm as maldições de Deus? Aqueles que são soberbos perante sua justiça e dizem: “Eu oro muito e jejuo duas vezes por semana, dê uma oferta de cinquenta mil reais para a construção da minha igreja, ainda vou ofertar mais cem mil, e nunca perdi um culto sequer.” Mas Deus é bem claro ao dizer: “Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”.
A única coisa que determina a bênção de Deus em nossa vida é sua misericórdia. Lembre-se disso. De todos que vemos na Bíblia, aqueles de quem Deus teve misericórdia foram abençoados por ele, mas todos que o buscaram com soberba foram amaldiçoados. Por isso que a Bíblia diz: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Romanos 9:16).
Quem é que corre aqui? Esaú. Como eu disse na introdução da mensagem, Esaú era um homem do campo. É provável que ele conseguisse correr cem metros em nove segundos. Ele era uma pessoa incrível. Se ele começasse a correr e continuasse, ele iria ainda mais rápido. As outras pessoas tinham que dar várias passadas para acompanhar uma simples passada de Esaú. E o que Deus quer nos dizer neste texto? Que não era porque Esaú corria muito bem que ele iria abençoá-lo.
E o que tudo isso significa? Que as bênçãos de Deus não dependem das habilidades do ser humano. Ao contrário, somos abençoados única e exclusivamente pela compaixão de Deus. Não se esqueça disso. Quando Deus tem compaixão de nós, somos abençoados, nos tornamos justos, recebemos a vida eterna e a bênção da gordura desta terra.
Por isso, precisamos da compaixão de Deus para sermos justos. É falso orgulho fazer esta confissão: “Deus, eu sou pecador. Mas embora eu tenha pecado, eu peço a ti que ignores meu pecado, pois creio em ti. E creio que tu me permitirás entrar no céu por causa disso também.” Mas o Deus Todo-Poderoso já criou um princípio: todo aquele que pecar irá para o inferno. E ele criou este princípio quando disse que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). E o que acontecerá se alguém pensar assim? “Deus é tão misericordioso e cheio de amor que não vai me condenar.”
Ele dirá a esta pessoa: “Você me conhece tão bem assim? Na verdade, você é como Esaú e será amaldiçoado.”
Mas a pessoa dirá: “Não, isso não é justo. Eu me arrependi todos os dias em oração e fiz o que é certo.”
Mas Deus lhe dirá: “Você não me conhece. Nossos pensamentos são bem diferentes. Seja amaldiçoado e vá para o inferno.”
“Por que tu estás me tratando assim. Eu creio em ti?”
“Você não é um dos meus filhos. Eu nunca terei compaixão de você. Por acaso tive que apagar seus pecados todos os dias? O salário do pecado é a morte. Eu enviei meu Filho para apagar todos os pecados do mundo de uma vez por todas e lhe dar a salvação. E agora você quer que eu perdoe seus pecados novamente? Se fosse assim, eu teria que enviar meu Filho de novo. E para pagar o preço do pecado, sangue teria que ser derramado outra vez. Você está me dizendo que tenho que enviar meu Filho de novo para ele morrer naquela cruz hedionda? Seu maldito! Você é como o diabo. Vá para o inferno.”
Deus dirá isso da maneira mais horrenda possível e lançará tal pessoa no fogo que nunca se apaga. O Deus da justiça jamais suportará alguém assim.
É claro que a salvação pela remissão de pecados pode ser alcançada pelo sangue de Jesus derramado na cruz. Mas não somente pelo sangue, e sim pela água, pelo sangue e pelo Espírito. Antes de tudo, nossos pecados precisam ser purificados. E quando cremos no batismo de Jesus, recebemos a remissão de pecados. Não crer na água, no sangue e no Espírito, mas buscar a remissão de pecados todos os dias é fazer o mesmo que Esaú. Deus disse que não pode dar a bênção da remissão de pecados àqueles que ‘correm’. Por mais que ajudemos os outros, façamos a obra missionária, social ou evangelismo, fundemos igrejas e ofertemos para sermos salvos por Deus, isso só vai acontecer se ele tiver compaixão de nós. Temos que clamar a ele por sua misericórdia então: “Deus, eu estou condenado ao inferno. Salve-me.” Nós só receberemos a bênção da salvação de Deus quando entendermos bem o mistério do batismo pelo qual o Senhor levou todos os nossos pecados no rio Jordão e sua condenação na cruz para nos livrar do sofrimento eterno no inferno. Apenas pela fé na Palavra da salvação de Deus é que podemos receber suas bênçãos.
 
 
Todas as coisas foram feitas por Deus, por ele e para ele
 
Deus disse: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Romanos 9:16). A grande verdade é que todos desejam ir para o céu. Mas isso não quer dizer que vai acontecer. E não podemos subornar a Deus. Como podemos ir para o céu então? Só podemos entrar no céu tendo fé em Deus. O que vai determinar se vamos ser abençoados ou amaldiçoados é nossa verdadeira fé em Deus.
A Bíblia diz: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Romanos 11:36). Amados irmãos, todas as coisas são de Deus, ou, em outras palavras, vem dele. Por mais que creiamos em Jesus para irmos para o céu, se houver o mínimo pecado em nós, iremos para o inferno. Somente os que ouvem e creem na Palavra de que Jesus apagou todos os nossos pecados e aceitam o amor e a graça de Deus, podem receber todas as suas bênçãos e a vida eterna que ele dá aos que reconhecem sua miséria.
Temos que saber então como Deus nos salva exatamente. Ninguém pode se dar ao luxo de não conhecer esta verdade ou crer nela do jeito que seu coração deseja. Você acha que vai para o céu só porque é membro de uma grande igreja e fala em línguas? Só porque o homem quer ser abençoado por Deus isso não significa que ele o abençoará. Só porque alguém deseja ardentemente ir para o céu e faz tudo para conseguir isso não significa que vai conseguir. Ao contrário, Deus já escolheu quem vai ser abençoado e amaldiçoado. Os que confiam em suas próprias forças como Esaú serão amaldiçoados por Deus. Mas aqueles que conhecem seu verdadeiro eu, que ouvem com atenção a Palavra de Deus, honram sua lei e reconhecem que não podem guardar os 613 mandamentos, que nos dizem o que podemos fazer ou não, estes são os humildes que herdarão o reino dos céus. Deus é bem claro ao dizer que já decidiu o que vai fazer. Ele só vai salvar os que são abalados de temor diante da sua Palavra. Ele salvará os que reconhecem sua lei e sua Palavra, aqueles que reconhecem ser grandes pecadores que estão condenados ao inferno. Deus resolveu abençoar aqueles que, depois de ouvir sua Palavra, reconhecem abertamente e confessam: “Eu peco muito porque tenho um coração mau. Sim, sua Palavra está certa, Senhor.” Em outras palavras, Deus resolveu salvar somente aqueles que dizem de coração: “Sim, tu estás certo” em resposta a tudo que ele diz.
Na verdade, muitos só creem em Jesus porque querem ir para o céu. Mas nem todos os cristãos lá entrarão. Vamos ouvir agora uma conversa entre Marcos e João.
João diz a Marcos: “Eu sou crente em Jesus por mais de vinte anos e faço parte de uma grande denominação. Por que eu iria para o inferno então?”
E Marcos diz: “Então você não tem pecado no coração, já que crê em Jesus há tanto tempo.”
E João diz: “É claro que eu tenho pecado.”
No que Marcos diz: “Se você tem pecado, não pode entrar no céu.”
João diz então: “Só precisamos crer em Jesus para entrar no céu.”
E Marcos pergunta: “Como você poderá entrar no céu se ainda tem pecado no coração?”
No que João responde: “Mesmo tenho pecado, eu creio em Jesus. Ele me verá como um justo e permitirá que eu entre no céu.”
E Marcos diz então: “Você está fazendo de Deus um mentiroso então.”
Qual destes dois entrará no céu? Marcos, pois crê que os pecados do seu coração foram apagados por Jesus, que veio pela água e pelo sangue. Se cremos na Palavra de Deus, que diz que todos os nossos pecados foram apagados, todos os pecados do nosso coração serão remidos então. E a razão disso é que a Palavra de Deus tem poder como se fosse o próprio Deus. Por esta razão, aquele que de fato recebeu de Deus a remissão de pecados não tem mais pecados no coração. Alguém assim recebe as bênçãos e a salvação de Deus não por seus próprios méritos, mas pela sua graça.
A eleição de Deus não significa que ele escolhe alguns e rejeita outros como bem entende. Deus escolhe a todos da mesma maneira, porém os que são soberbos como Esaú são rejeitados por ele. Deus, que é cheio de amor, jamais diz isso com arrogância: “Eu amo você, mas não amo aquele ali.” Já que todos nós somos fracos e precisamos da compaixão de Deus, ele chama a todos neste mundo em sua justiça. Ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. Sim, o Senhor na verdade chamou a todos para receber a graça da sua salvação. Mas existem aqueles que não se acham fracos ou imperfeitos. Outros, por sua vez, sabem que só irão para o céu se Deus os aceitar lá, mas se ele quiser, os enviará para o inferno. Deus decidiu abençoar somente aqueles que reconhecem sua verdadeira natureza.
Amados irmãos, quantas vezes um vendedor pode bater à porta das pessoas para vender seus produtos? Quantas vezes ele quiser. Se um vendedor sai para trabalhar quando bem entender, por que o Deus Todo-Poderoso não pode então decidir quem vai para o céu ou para o inferno, quem receberá suas bênçãos e maldições? Embora todos creiam em Jesus, alguns deles foram escolhidos para ir para o céu e outros, para o inferno. Esta é a vontade de Deus.
“Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer. Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? Como também diz em Oséias:
Chamarei meu povo ao que não era meu povo;
E amada, à que não era amada.
E sucederá que no lugar em que lhes foi dito:
Vós não sois meu povo,
Aí serão chamados filhos do Deus vivo” (Romanos 9:17-26).
O resumo do texto bíblico acima é o seguinte: Deus quebranta o coração daqueles que merecem ser abençoados e endurece o coração dos que merecem ser amaldiçoados. O fato é que o Deus Todo-Poderoso age da maneira que bem entende na vida daqueles que deseja revelar seu poder. Deus endureceu o coração de faraó para revelar seu poder e fazer conhecido seu juízo. Mas e se faraó tivesse dito a Deus: “Já que tu és Deus e eu, um ser humano, eu me rendo a ti. Tenha misericórdia de mim. Eu sou apenas um homem. Por que está me repreendendo?” ele teria recebido a verdadeira remissão de pecados.
No entanto, faraó disse quando ouviu a Palavra de Deus: “O quê? Quem é Jeová para se meter em meus negócios?” Quando as coisas pioraram, faraó fingiu que estava obedecendo a Deus, mas se voltou contra ele novamente quando as coisas melhoraram. Deus permitiu que Satanás enfurecesse o coração de faraó. E Satanás lhe disse então: “Você não deve se submeter a Deus. Não importa o que os outros digam, você é o rei. O rei do Egito é o rei de toda a terra.” Então faraó resistiu a Deus durante o período das dez pragas, até mesmo depois que seu primogênito foi morto por ele. E como ele não quis deixar de lado sua própria justiça e perseguiu os israelitas, Deus acabou destruindo-o no Mar Vermelho.
Amados irmãos, por que vocês acham que Deus endureceu o coração de faraó? Ele fez isso para que todo o mundo soubesse como são precisos e firmes seu juízo e sua ira. Tomem cuidado. Deus tem misericórdia de quem ele quer, mas endurece o coração de quem quer também para mostrar sua ira. Ele pode fazer isso porque é o Deus Todo-Poderoso. Mas ele está errado em fazer isso? Não. Nosso Deus criou o universo e tudo que nele há e pode fazer o que quiser. Por isso que todos que clamam a ele: “Ajude-me Deus, pois sou fraco e indefeso” alcançam sua misericórdia. Mas se alguém ouvir a Palavra de Deus e endurecer o coração, ele será julgado, condenado e lançado no inferno. E ele faz isso para nos mostrar como é terrível e certo seu juízo, e para nos revelar como é Todo-Poderoso.
Existem muitos nesta terra que fazem esta confissão: “Eu sou mesmo fraco e indefeso. Salve-me então, oh Deus. Se tu me salvares, eu irei para o céu; caso contrário, irei para o inferno. E isso não cabe a mim; tudo está em tuas mãos.” Deus derrama suas bênçãos sobre pessoas assim e diz a elas: “Vocês têm que crer em mim. Eu os salvei. Eu enviei meu Filho para ser batizado no rio Jordão e tirar todos os pecados que vocês cometerão até morrer. Vocês creem nisso? Eu fiz meu Filho ser condenado à cruz. Fiz com que ele morresse em seu lugar. A morte do meu Filho é a sua morte, e sua ressurreição, a sua ressurreição. Ao ressuscitar meu Filho dos mortos, eu dei vida a vocês.” Aqueles que creem na Palavra de Deus serão alcançados pela sua misericórdia e graça. Deus diz: “Vocês são meus filhos. Aquele anjo arrogante se levantou contra mim e me desafiou, mas eu o derrotei por completo. Embora sejam meras criaturas, vocês são meus filhos porque receberam meu amor e misericórdia.”
 
 

Tudo depende exclusivamente de Deus

 
A verdade é que a decisão de nos abençoar ou amaldiçoar cabe somente a Deus. E nele não há injustiça alguma, mesmo quando nos amaldiçoa ou abençoa. Quem desafia a Deus e sua Palavra, apesar de não passar de mera criatura, merece ser amaldiçoado e ir para o inferno. Mas Deus, que é cheio de amor, teve misericórdia até de pessoas assim e apagou todos os seus pecados. E ele diz: “Vocês admitem que estão errados? Vocês sabem que vão para o inferno? Eu já apaguei todos os seus pecados ao enviar meu Filho a esta terra. Então recebam a remissão de pecados crendo nele e meu amor misericordioso também. Se vocês fizerem isso, eu lhes darei um tempo de refrigério e o dom do Espírito Santo. Vocês também receberão a bênção de se tornarem meus filhos e justos.”
Queridos irmãos, nós não temos o direito de desafiar a Deus questionando seus atos porque não passamos de meras criaturas. Está escrito: “E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou” (Romanos 9:22, 23). Somos descendentes de Adão, sobre quem Deus enviou sua ira. E seríamos condenados ao inferno se fôssemos julgados pelas nossas obras; se fôssemos julgados pelos nossos pensamentos, também seríamos lançados no inferno. Por mais que nos esforcemos para fazer o que é certo em nossa vida, somos alvo da ira de Deus desde que nascemos. Mas para que pudéssemos ver o poder da sua salvação, ele suportou todo o sofrimento, não levou em conta nossos erros, e assim salvou aqueles que eram vasos da ira preparados para a destruição. Não foi por fazermos algo bom que ele nos tornou seus filhos, mas porque já havia nos predestinado para isso ao nos envolver com seu amor e compaixão. Esta passagem bíblica explica justamente isso: “E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou”.
Quando Deus criou o homem, ele o fez conforme a sua imagem. Mas Satanás o enganou e fê-lo desobedecer a Deus. Fez com que ele não cresse na Palavra de Deus e os tentou para que caísse em pecado. Deus fez o homem nascer nesta terra para que fosse seu filho. Ele não nos criou porque estava entediado ou coisa parecida. Então, o texto acima onde Deus, “querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição”, diz respeito à sua providência pela qual ele tornou o homem justo e fez deles seus filhos.
O que podemos dizer então sobre este ato de justiça? Não podemos dizer nada mais do que “Deus é justo”. E a Palavra de Deus continua dizendo: [os vasos] “os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?
Como também diz em Oseias:
Chamarei meu povo ao que não era meu povo;
E amada, à que não era amada.
E sucederá que no lugar em que lhes foi dito:
Vós não sois meu povo,
Aí serão chamados filhos do Deus vivo” (Romanos 9:24-26).
Oséias era casado com Gomer, a qual todos sabiam que era prostituta. Mas ele só casou-se com ela porque Deus lhe disse: “Vai, toma uma mulher de prostituições e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR” (Oséias 1:2). Então ele obedeceu, foi e desposou Gomer, filha de Diblaim, e ela lhe deu dois filhos e uma filha. Mas sempre que Gomer dava à luz a um filho, Deus declarava sua maldição sobre o povo de Israel por havê-lo traído.
No entanto, Deus só rejeitou seu povo por algum tempo. No fim ele lhe deu a promessa de salvação, dizendo:
“E semeá-la-ei para mim na terra
E compadecer-me-ei de Lo-Ruama;
E a Lo-Ami direi: Tu és meu povo!
E ele dirá: Tu és o meu Deus!” (Oséias 2:23).
Qual o verdadeiro significado deste texto? O livro de Oséias nos mostra que embora a nação de Israel tenha adorado deuses e se prostituído após eles, Deus ainda assim os amava. Temos que reconhecer que nem sempre fomos filhos de Deus. Na verdade, éramos filhos da ira, filhos da destruição. Mas por causa do amor de Deus, suas bênçãos e salvação, agora somos seus filhos.
Amados irmãos, não se esqueçam disso. As bênçãos e as maldições de Deus já foram predestinadas. E ele criou este princípio: seremos amaldiçoados se formos como Esaú, mas se formos como Jacó, seremos abençoados. Este é o princípio da eleição de Deus. Vocês creem nisso?
As pessoas deste mundo, em sua ignorância, interpretam esta passagem de modo errado. O que elas entendem aqui é que Deus escolheu alguns e rejeitou outros. E ainda propagam esta doutrina errada, dizendo: “Veja bem. Quando Esaú e Jacó estavam ainda no ventre de sua mãe, Deus não amou um e aborreceu o outro, embora ambos ainda não tivessem feito nada ainda? Os que vão para o céu e os que não vão já foram escolhidos de antemão. E por mais que alguém creia fervorosamente em Jesus, ele vai para o inferno se não tiver sido escolhido.” Mas esta é uma interpretação totalmente errada. Eles deixaram de fora toda a compaixão de Deus aqui e ignoraram seu plano. Na verdade, isto é um grande erro.
 
 

Temos que responder ao chamado de Deus e agir como Jacó

 
Todo ser humano nasceu pecador. Mas os que aceitam o amor de Deus, reconhecem seu amor e são alcançados pela sua misericórdia recebem a salvação. Aqueles cujas opiniões são contrárias à Palavra e perguntam: “Por que tem que ser assim?” irão para o inferno.
Os que se orgulham da sua denominação, desafiam a Palavra de Deus e se escondem atrás das árvores da sua denominação, como fez Adão em Gênesis 3, e creem em Deus segundo bem entendem irão para o inferno. Deus já resolveu mandar estas pessoas para o inferno.
Todo teólogo deste mundo defende que esta passagem ratifica a teologia da eleição. Mas a Bíblia jamais ensinou isso.
Deus disse: “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Oséias 6:6).
E disse também: “(Para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú” (Romanos 9:11-13). E depois continuou dizendo: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Romanos 9:16).
Amados irmãos, eu peço a todos vocês que respondam ao chamado de Deus. Assim todos nós seremos como Jacó. Jacó em si mesmo não tinha justiça alguma. Mas ele fez exatamente o que sua mãe e a Palavra de Deus mandaram. Deus vem com misericórdia sobre aqueles que reconhecem que estão condenados ao inferno. E aqueles que sabem que estão a caminho do inferno clamam pela compaixão e graça de Deus assim: “Senhor, deixe-me entrar no céu.” São estes que Deus salva. Mas ele enviará para o inferno os que dizem: “Por que tenho que ir para o inferno? Eu sou melhor do que muita gente.”
Deus fará o que decidiu fazer. Deste modo, ele trará suas bênçãos e maldições sobre quem antes já escolheu. Portanto, se quisermos mesmo receber as bênçãos de Deus, temos que agir como Jacó. Agora, se quisermos ser amaldiçoados, só temos que agir com Esaú.
Quase todas as igrejas que vemos hoje em dia agem como Esaú. Eles se orgulham do poder que possuem de influenciar as pessoas, da autenticidade e longa história da sua denominação, e de ter milhares de membros. Os que se orgulham do grande tamanho da propriedade de sua igreja agem como Esaú e serão amaldiçoados por Deus. Ele já decidiu amaldiçoar essas pessoas.
Por outro lado, os que agem com Jacó dizem: “Nós não temos nada demais. O pastor da nossa igreja não tem do que se exaltar, mas não tem pecado algum. Eu decidi tê-lo como líder em minha vida espiritual, pois ele não tem pecado. Meu pastor me disse que não fez nada demais para não ter mais pecado. Ele disse que foi Deus quem apagou todos os seus pecados de uma vez por todas. Por isso que ele recebeu a remissão de pecados. E quando perguntei a ele se poderia receber a remissão de pecados também, ele disse que sim, como certeza. Ao ouvir a Palavra de Deus então, eu entendi que não apenas os pecados do meu pastor foram remidos, mas os meus também. Os pecados do mundo todo foram remidos. Eu me tornei um justo pela fé. Eu agora vivo como Jacó, e por isso sou abençoado.”
Aquele que vive com Jacó pode dizer: “Aleluia! Louvado seja o Senhor! Adoremos ao Cordeiro de Deus! Senhor Deus, tu és exaltado acima de todas as coisas. Tu és poderoso. Sua verdade é reta e justa. Não fizemos nada demais neste mundo para receber a sua salvação.” Alguém assim é cheio de amor, paz e alegria.
Temos que agir como Jacó para recebermos as bênçãos de Deus. Se não fizermos isso, será o fim para nós. Louvemos ao Senhor então. Graças a Deus temos agido como Jacó, e por isso somos muito gratos. Nós estamos indo para o inferno, mas fomos salvos pelo amor de Deus e agora somos seus filhos. Antes não éramos filhos de Deus, na verdade. Portanto, somos muito mais gratos a Deus agora e o glorificamos por termos sido chamados para sermos seus filhos.