Os Apóstolos afirmavam sua fé na ressurreição de Jesus pela confissão, com o Credo dos Apóstolos: “Ao terceiro dia ele ressussitou dos mortos”.
Atos 1:3 diz: “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando do que respeita ao reino de Deus.” A frase “depois de ter padecido”, refere-se à morte completa de Cristo. Existem muitas provas que nos mostram que Cristo morreu completamente, mas em particular, João 19:34 afirma: “Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.”
O fato de Jesus ter sido crucificado até a morte é reconhecido por todo mundo em todos os lugares. Esse castigo da crucificação, uma condenação que os romanos impunham aos estrangeiros, era uma cruel punição aos criminosos políticos e escravos. Antes da ascensão do Império Romano, a crucificação era comumemente aplicada pendurando o condenado numa cruz amarrando suas mãos e pés a ela, e então matando o condenado estocando uma lança em seu peito.
Mas a versão romana da crucificação era uma punição que pregava, ao invés de amarrar, as mãos e os pés do condenado à cruz para que ele tivesse uma morte lenta. Por isso, diz-se que se levava um tempo considerável para que o condenado morresse, geralmente 3 a 4 dias, mas às vezes até uma semana. Nós não podemos nem de perto imaginar quão doloroso deve ter sido ser punido desse jeito, sendo pregado, vertido sangue, sofrendo uma sede insuportável e cada vez maior, tendo a pele queimada sem piedade pelo sol, e com urubus voando ao redor. Os condenados era levados a sofrer até o seu último fôlego de vida. Por causa da extrema crueldade dessa punição, o Imperador Constantino, dizem, acabou com essa forma específica de castigo.
O que, então, explica o fato de Jesus ter morrido em apenas seis horas? Como mencionado acima, quando um dos soldados furou seu peito com uma lança, saíram sangue e água. Como isso mostra, Jesus morreu tão cedo assim porque Ele sentiu uma dor tão grande no coração por causa dos pecadores que ele se quebrou e explodiu. Em outras palavras, ele morreu porque seu coração rachou.
Três dias após Sua morte, Jesus ressuscitou num corpo perfeito. É estranho que apesar disso, algumas pessoas ainda hesitam em acreditar que Jesus ressuscitou, mesmo eles confessando que reconhecem Sua morte. Isso só pode ser visto como uma obra do diabo tentando impedir a humanidade de crer nessa verdade, como declarado em Lucas 8:12: “E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, praa que não se salvem, crendo.” Para negar a ressurreição de Jesus, o diabo trabalha através da dúvida, de eruditos seculares que levantam falsas hipóteses como a hipótese da morte aparente, da manipulação de hipóteses, da hipótese do corpo roubado, entre outras. Mas a veracidade da morte de Jesus possui muitas provas definitivas, inclusive Atos 1:3.
O Fato de que Jesus Apresentou a Si Mesmo Vivo é a Prova
Atos 1:3 nos diz que Jesus apresentou a Si mesmo vivo aos seus discípulos por meio de muitas provas infalíveis. Não importa o que as pessoas dizem, quando nosso Senhor mesmo declara que Ele estava vivo, não existe então nenhum motivo para discussão.
Jesus tem todo o poder sobre a vida e a morte. Como João 10:17-18 atesta: “Por isto o Pai me ama, porque dou minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.”
Em Apocalipse 1:18, Jesus também diz: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” Nosso Senhor tem o poder de ressuscitar dos mortos para a vida novamente, porque Ele é o Deus Todo Poderoso e ao mesmo tempo um homem perfeito.
“O sálario do pecado”, como Romanos 6:23 nos diz: “é a morte.” Esta é a imutável, justa lei de Deus. Assim sendo, Jesus cuidou dos pecados do mundo e os apagou através do Seu batismo e Seu sangue. Porque Ele fez todos os pecados do mundo desaparecer, Ele ressurgiu dos mortos e se tornou o Deus daqueles que nEle crêem. É assim que a justa lei de Deus é estabelecida.
Que o Seu sepulcro estava Vazio é a Prova
Mateus 27:57-66 nos fala que um homem rico chamado Arimatéia, de nome José, colocou o corpo de Jesus num sepulcro cavado na rocha, e que ele rolando uma grande pedra fez com que o sepulcro fosse selado. A passagem também nos diz que um guarda foi colocado à porta do sepulcro para guardá-lo. Mas o sepulcro ficou vazio quando o Senhor levantou dos mortos com Seu poder e deixou o túmulo. Lucas 24:3 diz: “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.” O que mais pode ser isso senão a prova da ressurreição do nosso Senhor?
Jesus é um grande, histórico personagem. Uma das provas é o uso cronológico do Anno Domini (A.D.), que significa “no ano de nosso Senhor.” Anos e meses têm sido determinados, em outras palavras, baseados no dia de Sua vinda. Ele é o Senhor da história, da criação e da salvação. Se Ele não tivesse sido capaz de ressuscitar dos mortos, Seu túmulo teria permanecido fechado como um grande marco histórico. Os túmulos de grandes personagens da história ainda continuam sendo lugares de grande interesse. Por exemplo, o túmulo de Confúcio na China, o túmulo de Buda se encontra na Índia, e o de Maomé em Meca, na Arábia Saudita.
Se Cristo não tivesse ressucitado dos mortos, seu túmulo ainda estaria fechado como o deles. Mas porque Ele ressuscitou dos mortos em três dias, Seu túmulo está aberto. Isso é crer em nosso Senhor, o único Deus.
Que Ele Comeu Depois de Ter Ressuscitado é a Prova
Espíritos não comem. Mas o Senhor ressurreto come. Lucas 24:40-43 declara: “E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: tendes aqui alguma coisa para comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel. O que ele tomou, e comeu diante deles.” Atos 10:40-41 também testifica: “A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dos mortos.” O fato de Jesus ter comido nos dá uma prova explícita da Sua ressurreição.
Em 1 Coríntios 15:3-4, Paulo também atesta: “Porque primeiramente nos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus com autoridade absoluta da qual nada pode ser tirado ou acrescentado. E como esta mesma Bíblia profetizou, Jesus morreu e ressuscitou.
Na época da morte de Jesus, Seus discípulos estavam tremendo de medo. Mas depois que eles tiveram convicção da Sua ressurreição, eles se tornaram corajosos para anunciar que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos. Como Atos 4:18-20 nos diz: “E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Respondendo, então, Pedro e João, lhes disseram: julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-nos antes a vós do que a Deus? Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Pedro e outros Apóstolos então responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).
Embora os discípulos de Jesus tivessem temido ante à morte de Jesus, uma vez que viram Jesus vivo, eles se tornaram corajosos. Desde então até o presente momento, a razão pela qual os santos têm anunciado o evangelho mesmo sendo perseguidos por causa de Cristo, e porque eles têm estado dispostos a morrer por Ele, é por causa da ressurreição de Cristo e a certeza da própria ressurreição deles também.
A ressurreição de Jesus é um prenúncio da nossa própria ressurreição. Em 1 Coríntios 15:20, é atestado: “Mas agora Cristo, ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” Assim sendo, os ensinamentos das Epístolas Paulinas estão concentrados, antes de tudo, na verdade central da ressurreição de Jesus Cristo, e na mensagem que essa ressurreição também nos traz sobre a nossa própria ressurreição.